O Xiaomi SU7 é a primeira aposta da Xiaomi no mercado dos veículos elétricos, e a receção ao mesmo tem sido bastante positiva tendo em conta, sobretudo, o preço final de venda deste modelo.
No entanto, se o preço final para os clientes da Xiaomi é apreciado, para a empresa, cada unidade vendida do SU7 corresponde a uma perda de receitas. Isto acontece porque cada unidade do SU7 é vendida abaixo do preço de fabrico, levando a Xiaomi a perder quase 10.000 euros por cada unidade que chega aos consumidores.
Esta é uma estratégia da empresa para tentar entrar em força num novo mercado, e obter assim o destaque necessário para rivalizar com os principais fabricantes de veículos elétricos no mercado.
Os analistas da empresa City Research apontam que a Xiaomi, com esta estratégia, encontra-se prevista de perder quase 530 milhões de euros em receitas das vendas do SU7, unicamente com a ideia de vender o mesmo a um preço competitivo.
Para a Xiaomi, as perdas são um “bem necessário” para a empresa entrar no mercado atualmente saturado.
Na ideia da Xiaomi, a estratégia será oferecer um produto competitivo a nível de preço, mesmo que seja com perdas, para ganhar participação no mercado, e eventualmente, vir a obter receitas no futuro. É uma estratégia a longo prazo, que pode dar resultado para a marca… ou não.
Existem analistas que apontam que as quebras nas receitas podem ter impacto para o futuro da linha da Xiaomi, e poderão causar problemas futuros na produção. Por outro lado, existe também quem considere que a posição agressiva da marca, com preços competitivos, pode acabar por dar resultado se for bem implementada.
Para já, a estratégia parece estar a ter um bom resultado, já que o grande destaque do SU7 é exatamente o seu preço.
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